O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, fez um anúncio significativo ao informar que irá convidar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a visitar a Hungria. Esta ação ocorre em meio a uma controvérsia sobre um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Netanyahu, que está sendo acusado de crimes de guerra. A declaração de Orbán foi feita em uma coletiva de imprensa, onde ele afirmou que “não podemos aceitar ordens externas que tentam interferir na soberania da nossa nação” e que a Hungria busca fortalecer suas relações com Israel, independente das pressões internacionais.
No entanto, a decisão de Orbán foi recebida com preocupação por diversos especialistas em direito internacional, que apontam que o convite poderia ser visto como uma afronta ao sistema judicial internacional. O advogado de direitos humanos, Fernando Pereira, comentou que “ouvir Orbán deslegitimar um mandado do TPI é uma tentativa clara de minar a credibilidade das instituições internacionais”.
Por outro lado, a coalizão de partidos de direita liderada pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni também questionou a validade do mandado de prisão e decidiu levar a questão à discussão no G7, onde esperam que a situação seja revista com atenção. Meloni declarou que “o ato do TPI pode prejudicar a estabilidade política no Oriente Médio, onde Netanyahu desempenha um papel crucial”.
A polêmica gira em torno da crescente liderança de países que desafiam organizações internacionais, levantando questões sobre a eficácia dos tribunais que visam proteger os direitos humanos e a justiça global. Assim, a situação deverá ser monitorada de perto por analistas políticos e diplomatas, enquanto a comunidade internacional observa os próximos passos de Orbán e Netanyahu.