O banco JPMorgan Chase & Co. divulgou uma nova previsão para a taxa Selic, projetando que ela atinja 14,25% ao final de 2023. Essa expectativa foi impulsionada pelo recente aumento da taxa básica de juros, que subiu de 13,75% para 14% em setembro, com a expectativa de uma nova alta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão de elevar a Selic é em resposta ao cenário inflacionário conturbado do Brasil e ao impacto de um pacote fiscal que pode encorajar ainda mais o aumento dos juros. Além disso, isso gerou um impacto negativo nas ações das empresas setoriais, levando o JPMorgan a rebaixar suas recomendações de Multiplan, Iguatemi, e Allos. O banco orientou que essas ações são vistas com menos otimismo devido ao aumento dos custos de capital e a incerteza econômica. Em paralelo, a equipe fiscal do governo prevê que o novo pacote fiscal, proposto para ajudar a equilibrar as contas públicas, resultará em um aumento adicional de 0,75 ponto percentual na Selic até dezembro. Isso foi discutido pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que destacou a necessidade de controle das contas públicas e que o cenário fiscal exige medidas mais rigorosas para evitar um aumento ainda maior da dívida pública. Como resposta a esse cenário, o economista e professor na FGV, José Luis Oreiro, afirmou: “O aumento da Selic pode levar a um ciclo vicioso de desaceleração econômica, que resulta em maior dificuldade para o governo em gerar receita e, consequentemente, pressão sobre as contas públicas”.
JPMorgan prevê Selic a 14,25% e rebaixa ações da Multiplan, Iguatemi e Allos
