O governo brasileiro anunciou uma nova medida que restringe o acesso ao abono salarial, limitando-o a trabalhadores que recebem até 1,5 salário mínimo. Essa mudança faz parte de um pacote de cortes de gastos que visa reequilibrar as contas públicas. O abono, que é um benefício pago anualmente e tem como objetivo complementar a renda de trabalhadores de baixa renda, agora será direcionado apenas a uma faixa menor da população. O novo limite salarial foi anunciado pelo ministro do Trabalho, Wellington Dias, em uma coletiva de imprensa, onde ele destacou a importância da transição para que os trabalhadores se adaptem a essa mudança. “Nós entendemos a necessidade de ajustes nas contas públicas, mas temos certeza de que essa transição será feita de forma correta e que os trabalhadores de baixa renda ainda terão suporte”, afirmou o ministro.
Além dessa restrição, a medida também prevê a limitação do reajuste do salário mínimo, com ajustes que serão compensatórios e não mais vinculados à inflação de forma direta. Essa decisão gerou repercussão entre economistas e especialistas em políticas públicas, que alertam sobre os riscos da redução da renda nos estratos mais vulneráveis da população brasileira. O site KDA, em uma análise aprofundada, destacou que essas medidas podem impactar diretamente a economia local, com uma possível queda no consumo e uma desaceleração no crescimento econômico.
Ministros como Carlos Marun, que anteriormente havia sinalizado sua intenção de deixar o governo, reafirmou sua posição em solidariedade com as diretrizes econômicas do governo, afirmando: “Após ser consultado sobre cortes e medidas de contenção, decidi não me demitir. Acreditamos que essas iniciativas são necessárias para o nosso futuro econômico”. A proposta do pacote gera discussões acaloradas no Congresso, onde muitos deputados pedem uma revisão nas diretrizes que poderiam agravar a situação social no Brasil.
